Pendrive bootável multidistro

Existem boas ferramentas para criação de sistemas Live USB como o Fedora Media Writer e Unetbootin. Para quem prefere a “tela preta”, o duplicador de dados dd é aquela solução que simplesmente funciona. Contudo, existe um pequeno incômodo: só é possível colocar uma única distro. Isso acaba inviabilizando o uso do espaço restante. Exemplo: você baixou uma iso de uma distro de 2Gb mas seu pendrive tem 8Gb, os 6Gb restantes ficam inutilizáveis (a menos que crie novas partições manualmente). Para quem gosta/precisa/quer andar com seu pendrive bootável com várias distros, o GLIM pode ser uma ótima solução. O GLIM nada mais é que um conjunto de arquivos de configuração do GRUB. Assim, não é necessário utilizar outros softwares que só funcionam corretamente em distribuições específicas.
Pré-requisitos
Segundo o desenvolvedor, o sistema de arquivos FAT32 tem sido a experiência mais segura, surpreendentemente! Embora isso signifique que imagens ISO maiores que 4 GB não serão suportadas. Outros sistemas de arquivos suportados pelo GRUB2 também funcionam, como ext3 / ext4 e até NTFS, mas a inicialização das distribuições também deve suportá-lo, o que não é o caso de muitos com NTFS, por exemplo. Portanto, o FAT32 permanece a aposta segura.
Para isso, utilizei o KDE partition manager mas você pode utiliza outras ferramentas como Gparted, cfdisk+mkfs, etc. O pendrive deve ser criado com o rótulo GLIM.
Instalação
Você pode baixar o código diretamente do GitHub em formato zip:
$ wget -c https://github.com/thias/glim/archive/master.zip
ou clonar o repositório pelo git:
$ git clone https://github.com/thias/glim
Feito isso, basta entrar no diretório e executar o script:
$ cd glim/ $ ./glim.sh
Caso sua distribuição não tenha o pacote referente a grub2-efi-x64-modules, o script avisará que é necessário instalá-lo. O script também pergunta se você deseja instalar para EFI em adição ao padrão BIOS. Isso é necessário em computadores modernos.
Segue abaixo o log de instalação:
$ ./glim.sh Found partition with label 'GLIM' : /dev/sdf1 Found block device where to install GRUB2 : /dev/sdf Found mount point for filesystem : /run/media/geowany/GLIM Install for EFI in addition to standard BIOS? (Y/n) y Ready to install GLIM. Continue? (Y/n) y Running grub2-install --target=i386-pc --boot-directory=/run/media/geowany/GLIM/boot /dev/sdf ( with sudo) ... Installing for i386-pc platform. Installation finished. No error reported. Running grub2-install --target=x86_64-efi --efi-directory=/run/media/geowany/GLIM --removable - -boot-directory=/run/media/geowany/GLIM/boot /dev/sdf (with sudo) ... Installing for x86_64-efi platform. Installation finished. No error reported. Running rsync -rpt --delete --exclude=i386-pc --exclude=x86_64-efi --exclude=fonts --exclude=ic ons/originals ./grub2/ /run/media/geowany/GLIM/boot/grub2 ... GLIM installed! Time to populate the boot/iso directory.
Feito isso, agora vamos “popular” o diretório “boot/iso”. Basta criar os subdiretórios confome sua necessidade. Os subdiretórios suportados são os seguintes:
antergos
antix
arch
bodhi
centos
clonezilla
debian
elementary
fedora
gparted
grml
ipxe
kali
linuxmint
manjaro
netrunner
peppermint
porteus
rhel
sabayon
supergrub2disk
sysrescd
tails
ubuntu
void
xubuntu
Após copiar algumas isos:

Eis o resultado:

Parabéns !
E bem vindo de volta com as publicações!
Obrigado Mark! Vou tentar manter uma frequência maior.
Já tinha tentado mas foi com outro tutorial por aí e não funcionou bem porque o fedora não gosta muito de compartilhar o boot né? uhaauh.
Com esse, foi perfeito! VAleuuuuuuuu. Prefiro sempre fazer com o que já é do sistema, e, no caso, o grub funcionando perfeitamente com multiboot é o paraíso.
Que bom que deu certo aí! Ah! Conte-me mais sobre esse “fedora não gosta muito de compartilhar o boot”. 😛